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Artiste:
Miasthenia
Titre:
Onde Sangram Pagãs Memórias
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[letra por Hécate] Outrora corpos animados de homens comandavam os exércitos, conquistavam as províncias, possuíam os tesouros, saqueavam os templos. Exultavam no seu orgulho, sua majestade, sua fortuna, sua glória e seu poder. Elas são esvanecidas, estas glórias, como as terríveis fumaças vomitdas pelos fogos infernais do Popocatépetl. Nada, salvo algumas linhas de uma página, para as fazer voltar à nossa lembrança! (Netzahualcoyotl, Rei de Texcoco) Há séculos seus campos estão em chamas. Os meridianos sangram suas memórias, enquanto seus filhos brincam em jardins de mentiras, celebrando o vazio, cultuando símbolos inimigos. Somos totens supremos Cavalgando nos confins do limbo Aclamando com orgulho... Fazemos entoar rumores de guerra Uma supremacia perdida e nossa horda de seres invisíveis Em êxtases animistas blasfêmicos Somos a tragédia em suas veias Correndo para nossa fortaleza na intensa floresta Derramando poemas em lágrimas Memórias ancestrais... Nossos corpos estão adoecendo E lá onde os nobres descansam Brilha mais uma pálida constelação De nossos sonhos e pesadelos... Dançando com minha sombra Movendo-se na escuridão Extravasando a fragilidade humana... Celebrando o invisível em cálices da morte E rasgando os véus que encobriram sua beleza Vejo-lhe agora desfigurada A beleza em rios de sangue correndo de sua face Nossa Era... Caos...